6 de Junho: Ato em defesa das empresas públicas reúne trabalhadores e entidades no Rio

O presidente da República interino Michel Temer já deixou claro que seu governo vai forçar a privatização das empresas públicas e tentar impedir a participação de trabalhadores em seus conselhos e fundos de pensão. As declarações acendem o alerta máximo para a mobilização contra o PL 4918 e outros que tramitam pelo Congresso Nacional, e reforçam a necessidade de uma grande participação no ato em defesa das estatais e serviços públicos que acontece nesta segunda-feira (6),  no Rio de Janeiro.

O ato, na Fundição Progresso, contará com a presença de intelectuais, políticos e representantes dos movimentos social e sindical. Centenas de entidades vão participar do evento. A Contraf-CUT integra o Comitê em Defesa das Estatais, que organiza a campanha. O presidente da Confederação, Roberto von der Osten, participará da mesa de debates e ressalta a preocupação dos trabalhadores em relação aos planos de Michel Temer.

“Os empregados da Caixa, do BB, do Basa, do BNB e demais bancos públicos estão particularmente preocupados. Os boatos são de desmonte, redução do papel, e até de privatização. É fundamental a nossa luta em defesa das empresas e dos bens públicos. Nossa intenção é ampliar esse debate e a defesa a todos os segmentos da sociedade”, explica Roberto von der Osten.

“Temos que fazer do dia 6, uma data histórica contra esse desmonte proposto pelo governo golpista”, destacou a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano. Ela lembra que, quando o PLS 555 foi votado no Senado, houve um esforço do governo no sentido de retirar do projeto itens fundamentais, como a exigência de que todas as estatais se transformassem em sociedades anônimas.

“À época, discutimos e recebemos apoio de integrantes do governo Dilma para mudar o texto do PLS 555. Agora o governo não nos apoiará, e mesmo os avanços que obtivemos poderão ser derrubados na votação do PL 4918 na Câmara, retornando ao texto original”, avalia. Em seu pronunciamento Temer enfatizou a “meritocracia” para dizer que “dirigentes dos fundos de pensão e estatais” serão pessoas “tecnicamente preparadas”; ou seja, representativas apenas dos interesses de mercado.  

As declarações do presidente interino, Michel Temer, deixam claro que as empresas estatais e fundos de pensão estão com dias contados. As declarações acendem o alerta máximo para a mobilização contra o PL 4918 e outros que tramitam pelo Congresso Nacional, e reforçam a necessidade de uma grande participação no ato em defesa das estatais e serviços públicos.

Confira, abaixo, a programação do ato:

13h – Reunião do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas (Espaço Armazém)

14h30 – Abertura do evento com a presença do presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, e representantes de entidades que integram o Comitê

15h – Início das palestras e do debate "O que é público para você". Com a presença de intelectuais, especialistas, políticos e lideranças dos movimentos social e sindical, tais como:

Roberto van der Osten (presidente da Contraf-CUT);

Marcia Tiburi (filósofa e autora de livros como As Mulheres e a Filosofia);

Emir Sader (cientista político, professor da UERJ);

Ricardo Lodi (advogado professor de Direito Tributário da UERJ);

João Pedro Stédile (economista e um dos fundadores do MST);

Guilherme Estrella (geólogo e ex-diretor da Petrobras);

João Antônio de Moraes (secretário de Relações Internacionais e Movimentos Sociais da FUP);

Senador Lindbergh Farias (PT-RJ);

Deputada Federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ);

Maria Rita Serrano (coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas).

19h – Ato público, político e cultural.

21h – Encerramento com show do grupo de samba Casuarina.

 

 

 

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