5ª Conferência da Uni Américas Mulheres prioriza debate sobre violência de gênero e os impactos no trabalho

A Contraf-CUT participa da 5ª Conferência UNI América Mulheres que tem como tema "Vamos juntas Companheiras". A Conferência em Medellín, na Colômbia, teve início nesta segunda-feira (5), segue nesta terça-feira (6) e conta com 119 participantes, 62 delegadas, 43 sindicatos, 18 países, 21 observadores, 18 convidados e 18 interpretes, priorizou o debate pelo fim da violência de gênero.

Durante o período da manhã desta segunda-feira ocorreu a mudança de estatuto que abriu mais uma vaga e duas suplências para incluir mulheres da juventude no Comitê Regional de Mulheres. Entre os temas debatidos na primeira etapa da Conferência, destacaram-se o balanço das importantes ações feitas pela UNI no último período, como o programa de tutorias (formação e capacitação das mulheres); o forte trabalho do projeto 40 por 40,  importante para ampliar a participação de mulheres no meio sindical e mesas de negociações; campanhas de combate à violência contra a mulher; emprego decente com maior participação das mulheres; prioridades estratégicas para próximo período; e alianças fortes em diferentes setores.

No período da tarde houve debates sobre todas as formas de violência contra a mulher, seus impactos no mundo do trabalho, para a economia dos países e a importância de ampliar as ações de combate. As participantes estão caminhando para a construção de uma convenção na O.I.T.

Segundo a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, é de extrema importância a promoção e a criação de campanhas que combatem qualquer forma de violência contra a mulher. “A violência das ruas, dos campos, nas cidades, nos locais de trabalho e nos lares deve ser combatida através de canais de informações, denúncias, centrais de apoios, além de campanhas de prevenção e de orientação, que priorizem os direitos humanos e das mulheres”.

Neiva Ribeiro, diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo e integrante do Comitê Mundial de Mulheres da UNI, ressalta a importância dos dados que mostram o quanto os países perdem em produtividades gerada pela violência contra as mulheres. “É importante politizar esse tema, pois, por mais que tenhamos avançado – pincipalmente no Brasil com a Lei Maria da Penha –, ainda há muito o que se conquistar. A gente tem mesmo que lutar mais. A mídia ainda, subjetivamente, coloca as mulheres como mercadoria, além de nos passar um padrão de beleza inatingível”, reforçou.

Outros destaques da reunião foram o importante trabalho da inclusão da cláusula de gênero em acordos regionais; Igualdades de oportunidades; emprego decente com maior participação das mulheres e salários igualitários; e a importância de dar continuidade ao programa de formação e capacitação de mulheres.

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