Negocia‡äes com a Caixa avan‡am pouco

(São Paulo)  No encontro desta terça-feira, dia 3, entre os representantes da Caixa e a Contraf-CUT/Comissão Executiva dos Empregados, o banco apresentou avanços, em especial, propostas para corrigir o Plano de Cargos Comissionados (PCC). Na avaliação dos representantes dos bancários, entretanto, as propostas da Caixa ainda são pequenas diante das reivindicações dos trabalhadores.

 

Nas negociações, o banco aceitou aumentar a comissão dos cargos da caixa retpv, que serão criados. A empresa ampliou sua proposta de R$ 226 para R$ 299. O piso de mercado é de R$ 1.450. “O diferencial é que a Caixa propõe criar um cargo em comissão. Atualmente, a função é como o extinto caixa flutuante, o empregado só recebe a comissão e o piso de mercado pelo período trabalhado. Seus ganhos são proporcionais ao tempo trabalhado como caixa e não incorporam em direitos, como as férias, por exemplo”, explica Plínio Pavão, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.

 

A Caixa também confirmou a extinção do cargo de gerente júnior. Os atuais ocupantes da função há mais de seis meses passarão a ser gerentes de atendimento ou de relacionamento. Para os demais haverá uma transição, ou seja, quem já ocupa o cargo em período inferior a seis meses, ou que está atualmente no banco de habilitados e venha a assumir como gerente júnior, ao completar esse período, passará automaticamente para um dos novos cargos. A formação de novo banco já se dará para gerente de relacionamento ou atendimento, conforme o caso.

 

Avaliadores de penhor

A Caixa também apresentou novidades para os avaliadores de penhor, hoje divididos em júnior e pleno. O banco se compromete a criar um novo nível (sênior), a ser enquadrado no nível TA7 da tabela.

 

A empresa também assume o compromisso de criar 180 vagas a partir de 1º de janeiro de 2007, sendo 126 delas com jornada de oito horas e o restante de seis. Até o final de 2007, o banco ampliaria para 300 vagas. “Cobramos da Caixa que faça o desmembramento de função. Ou seja, que o avaliador seja só avaliador e não caixa. O banco disse que tem uma proposta de reestruturação para o cargo, mas não nos apresentou agora”, explica Plínio.

 

Funções técnicas

Para as funções técnicas de assessoramento ligadas à matriz e às filiais, a Caixa se propôs a criar mais cinco faixas horizontais dentro dos grupos júnior, pleno e sênior. Os valores atuais corresponderão à primeira faixa. A variação salarial em cada faixa será de 2%, sendo que entre primeiro e sexto nível haverá um incremento de 10,41%.

 

A proposta prevê promoção em janeiro de cada ano, sendo que a primeira já seria em 2007, com a promoção de 30% dos empregados em função técnica, que hoje somam mais de 16.500.

 

Bolsa incentivo à graduação

 

A Caixa oferece também um acréscimo de mais 1 mil bolsas de incentivo à graduação, elevando o quantitativo, no ano, para 3 mil. O valor pode chegar até R$ 350,00 reais ao mês, para pagamento integral ou de parte da mensalidade dos cursos e, pela regra, só podem se inscrever os empregados que não possuem curso superior.

 

“De uma forma geral, as propostas são boas, mas ainda insuficientes diante da nossa demanda. Precisamos avançar muito mais nas negociações com a Caixa, pois temos reivindicações importantes como a melhora da nossa PLR, a isonomia entre os novos e antigos técnicos bancários, a extensão do auxílio-alimentação para os aposentados e as promoções por merecimento. Por isso é importante que os bancários da Caixa participem das assembléias da categoria, para avaliar as propostas da Fenaban e da empresa. Acreditamos com a deflagração da greve prevista para o dia 05 próximo será fundamental para avançarmos nas propostas”, detalha Plínio.

 

Fonte: Contraf-CUT

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