Justiça decide reintegrar bancária demitida pela segunda vez pelo Bradesco

O Juiz Titular da 5° Vara do Trabalho de João Pessoa, Paulo Henrique Tavares da Silva determinou a reintegração da bancária Aphoena Araújo Lopes, demitida ilegalmente pelo Banco Bradesco pela segunda vez. O Juiz entendeu que a justa causa aplicada pelo banco foi arbitrária, uma vez que não houve a justificativa para tal medida e a mesma se encontrava em gozo de licença saúde. O Sindicato dos Bancários da Paraíba juntamente com o Escritório Marcelo Assunção e Associados participaram da reintegração realizada nesta quarta-feira (7), na agência Duque de Caxias, Centro de João Pessoa.

A funcionária que, há mais de oito anos trabalha na instituição financeira, foi vítima da mesma situação, em maio deste ano. Na sentença proferida pela Justiça do Trabalho, a bancária, que foi demitida quando estava de licença-saúde para tratamento de doença ocupacional, teve sua reintegração devidamente efetuada.

Aphoena vai receber todos os direitos e vantagens inerentes ao cargo, bem como o pagamento dos salários vencidos, acrescidos dos direitos e vantagens a eles vinculados, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 5 mil.

Para o diretor do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Washington da Silva, a reintegração realizada pela segunda vez comprova mais uma vez que a categoria tem sua representação forte e engajada em defesa de seus direitos.

“Agradecemos a equipe do escritório de Marcelo Assunção e Advogados Associados que foi brilhante e agiu com celeridade em favor da bancária vítima do abuso cometido pelo Bradesco. Essa reintegração é uma vitória de todos os trabalhadores, ante a ganância dos bancos, que sequer respeitam os bancários que adoecem no labor diário ao se desdobrar ao máximo para dar lucros recordes aos bancos. A Justiça do Trabalho tem reparado esses abusos e violações de direitos fundamentais dos trabalhadores. Continuamos atentos e lutando contra qualquer tipo de ataque aos funcionários. E sempre destacando a importância da filiação sindical, que garante o fortalecimento ainda maior da representatividade dos trabalhadores, que com a Reforma Trabalhista estão mais vulneráveis a uma legislação desumana com a nova lei trabalhista”, concluiu.

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