Contraf-CUT representar  trabalhadores do ramo financeiro

(São Paulo) A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) realizou nesta terça e quarta-feira seu primeiro congresso, em Nazaré Paulista (SP). O objetivo foi eleger a direção da entidade (conheça diretoria executiva) e aprovar seus estatutos. O evento reuniu cerca de 300 delegados de 25 estados brasileiros e do Distrito Federal.
 
Criada em janeiro deste ano, em uma assembléia ocorrida no Paraná, a nova entidade já nasceu representativa e possui registro sindical desde março. Aglutina nove federações, com 110 sindicatos filiados, cuja base é composta por 360 mil trabalhadores do ramo financeiro.
 
A Contraf-CUT foi criada para atender a uma demanda das diversas categorias envolvidas em atividades do sistema financeiro. Muitas delas permanecem à margem da Convenção Coletiva Nacional dos bancários, embora realizem serviços contratados por empresas que fazem parte das holdings controladas por bancos.
 
Entre esses profissionais, além de bancários e financiários, encontram-se promotores de vendas, securitários, especialistas em tecnologia da informação, funcionários de bolsas de valores, entre outros. Estima-se que essas categorias ultrapassem um milhão de empregados, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) realizada em 2004.
 
Ampliação de conquistas
Segundo Vagner Freitas, eleito presidente da Contraf-CUT, um dos objetivos da criação da entidade é incluir no debate e nas negociações sindicais todos os trabalhadores que fazem parte do processo de intermediação financeira com o intuito de equiparar seus direitos e ampliar suas conquistas.
 
"Estamos num momento histórico, em que nasce uma Confederação ampla, representante de diversos segmentos sociais. E dentro da estratégia da CUT, de ampliar a representação dos trabalhadores, enfrentando os diversos artifícios usados pelas empresas, como a terceirização e segmentação de atividades", afirma.
 
A pulverização dos trabalhadores brasileiros em cerca de 18 mil sindicatos nos últimos anos tornou obsoleta a organização por categoria profissional, uma vez que eles se relacionam por ramo de atividade e estão envolvidos no mesmo processo.
 
Os próprios bancos reconheceram essa mudança e a necessidade de criar uma entidade sindical patronal do ramo para representá-los: a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif).
 

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