Começa o Congresso Nacional dos Funcionários do BNB

Começou, nesta sexta-feira (7), o 23º Congresso Nacional dos Funcionários do BNB, organizado pela Contraf-CUT, no Mar Brasil Hotel, em Itapua (BA). Até sábado (08), os 108 delegados credenciados – 85 homens e 32 mulheres – debatem o cenário brasileiro, a importância do banco público para o desenvolvimento da região Nordeste, além das questões específicas da empresa.

A diretora do Sindicato dos Bancários da Bahia, Jeane Pereira, funcionária do BNB, abriu o evento chamando a atenção para a importância em defender a instituição financeira, fundamental para o Nordeste e para o Brasil. O secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos Souza, destacou que a luta deve ser sobretudo da sociedade brasileira. 

Mesma opinião do superintendente estadual do banco, Jorge Pontes, que alertou para a necessidade de os funcionários da empresa encontrarem soluções capazes de superar as dificuldades. “Passamos por um momento conturbado, com graves efeitos para a economia. Devemos ter um olhar cuidadoso sobre esse cenário, para definirmos ações de proteção ao emprego dos bancários e também dos mais de dois milhões de brasileiros que precisam do banco.”

O representante da Conlutas, Henrique Eduardo, ressaltou os sucessivos ataques aos trabalhadores brasileiros, inclusive aos funcionários do BNB. “É realmente fundamental manter a unidade e mobilizar as bases para impedir que os direitos sejam retirados.”

A importância em debater formas de defesa do banco e, consequentemente, a região Nordeste, foi o destaque da presidenta da AFBNB, Rita Josina. O presidente da CTB Bahia, Pascoal Carneiro, fez um diagnóstico do que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), costura politicamente. “Ele já conta com a queda de Temer e fatia o país. Uma das prioridades é acabar com os bancos públicos e a organização dos trabalhadores. Para isso, quebra primeiro sua espinha dorsal, os sindicatos, porque assim acaba com o poder de negociação. E os bancários sabem da importância disso, afinal formam uma das categorias mais fortes do país”.

O representante da CUT Bahia, Carlos Eduardo, destacou a importância em debater a pauta específica do BNB, especificamente a defesa dos bancos públicos, mas também os direitos. Portanto, a luta principal tem de ser contra as reformas da Previdência e a trabalhista.

Emanoel Souza apresentou um posicionamento semelhante ao do presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe. Segundo ele, o momento é crucial para a categoria que, além da pauta geral da sociedade brasileira, precisa levantar a bandeira em defesa dos bancos públicos, pois é impossível a construção de um país sem a presença do Estado no sistema financeiro. 

O presidente da Fetrafi-NE, Carlos Eduardo Bezerra, chamou atenção sobre o enfrentamento, que não deve ser somente contra o presidente golpista Michel Temer, mas, sobretudo, contra a retomada de uma agenda neoliberal para atender à elite “míope” brasileira.

Além de Carlos de Souza, representam a Contraf-CUT no evento o secretário de Comunicação, Gerson Carlos Pereira, e o secretário de Políticas Sindicais, Gustavo Tabatinga.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram