BB põe a mão no bolso dos associados e quer rasgar estatuto da Cassi

Na última reunião da diretoria executiva da Cassi, os dois indicados pelo banco e o diretor recém-eleito, Luiz Satoru, aprovaram aumento de coparticipação dos associados em consultas e exames sem comunicar previamente a ninguém. O único voto contrário foi do diretor eleito Humberto Almeida.

O assunto foi encaminhado ao Conselho Deliberativo, onde o presidente Faraco, também eleito recentemente, pretende convocar reunião imediata não presencial para referendar a decisão da diretoria, certo de que aprovará com apoio dos quatro conselheiros indicados pelo banco.

Não é a primeira vez que a diretoria decide por 3 a 1 e o Conselho Deliberativo por 5 a 3, a favor do banco e contra os associados.

Diretor eleito quer convencer entidades a apoiar proposta do banco

Na última terça-feira o diretor eleito Satoru convidou entidades para apresentar a proposta do BB para tentar convencê-las a aceitar, com algumas mudanças:

·   Aumento definitivo da contribuição dos associados para 4%, mantendo a contribuição patronal em 4,5%

·    Voto de minerva para o BB no Conselho Deliberativo

· Criação de contribuição por dependente, com valores maiores para dependentes de aposentados e menores para dependentes de ativos

·  Implantação de uma Gerência de TI escolhida pela diretoria, no mesmo nível hierárquico da diretoria e sem passar por processo eleitoral, o que na prática derruba a paridade na governança e dá mais poder ao banco.

A proposta é alterar a governança sem consulta ao Corpo Social. Os dois diretores indicados pelo banco e o diretor eleito Satoru fizeram algumas modificações na proposta do BB, mas mantiveram sua essência.

Comissão de Empresa não apoia esta farsa

O BB abandonou a mesa de negociação porque lá não conseguia impor sua vontade. Despreza as entidades sindicais e associativas como legítimos representantes dos associados, faz terrorismo junto aos funcionários e tenta usar dirigentes eleitos como defensores de suas propostas.

O resultado é que o banco está conseguindo criar um consenso dos associados contra as suas propostas, como têm feito os conselhos de usuários de vários Estados.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o princípio básico de se consultar a Corpo Social está sendo destruído e prejudicando ainda mais os associados da CASSI. “Pois abre brechas para retirada de direitos e aumento dos custos só para os associados. O banco errou nas contas e não admite, quer passar por cima dos associados para não ter que explicar seus erros. ” 

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