Bancários realizam Dia Nacional em Defesa dos Bancos Públicos

Os bancários de todo o País participaram, nesta quinta-feira (6), do Dia Nacional em Defesa dos Bancos Públicos. As manifestações foram idealizadas pelo Comando Nacional dos Bancários, como forma de protestos contra as ameaças proferidas por representantes das direções dos bancos e membros de governos, que têm a intenção de fragilizar as empresas e vender seus ativos.

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“Ao contrário do que querem que a sociedade acredite, os bancos públicos não são um peso para o governo. São lucrativos e extremamente importantes para a sociedade. Não apenas a população mais pobre, que necessita das políticas sociais do governo, mas a agricultura, as pequenas e médias empresas, que dependem do fomento para o desenvolvimento, são prejudicadas com a política de fragilização dos bancos públicos”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.

Para Juvandia, programas governamentais importantes, como o ‘Bolsa Família’, o ‘Minha Casa, Minha Vida’, o Fies, o ProUni, a concessão de crédito para a agricultura, correm o risco de deixar de existir e prejudicar de toda a sociedade se esta política continuar.

“No governo Temer, o Tesouro Nacional deixou de fazer aportes financeiros para a Caixa e exigiu que o BNDES antecipasse o pagamento de dívidas que seriam pagas em 60 anos. Agora, querem transferir para instituições privadas os recursos do FGTS e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), a gestão de fundos de investimentos, as carteiras de seguros e de cartões de crédito e as loterias. Isso enfraquece os bancos públicos e desmonta sua capacidade de executar políticas públicas importantes, como o financiamento da casa própria. São áreas estratégicas que possibilitam que os bancos públicos cumpram verdadeiramente seu papel social”, completou a presidenta da Contraf-CUT.

Os bancos públicos são os responsáveis pelo atendimento na maior parcela de municípios no país, sobretudo aqueles comumente considerados menos rentáveis. Têm forte presença nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, mais carentes em termos de atendimento bancário. Na região Norte, 63,3% do total de agências são de bancos públicos e na Região Nordeste, 59,3%.

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