Abraço simbólico em Curitiba: não à abertura de capital da Caixa

Um abraço simbólico à agência Carlos Gomes da Caixa Econômica Federal, em Curitiba (PR), marcou o ato em defesa do banco 100% público, na manhã desta quinta-feira (7/12). Diretores da Fenae e representantes de Apcefs e Sindicatos dos Bancários, que estão na capital paranaense para a reunião do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Federação, chamaram a atenção da sociedade para as ameaças do governo aos bancos públicos.

O alerta é vermelho, advertiram os representantes das entidades, pois o Conselho da Administração (CA) da Caixa reúne-se nesta quinta com o intuito de transformar a empresa em Sociedade Anônima. “Se essa medida passar, será uma afronta ao papel da instituição que já tem 156 anos e é uma das maiores fomentadoras do desenvolvimento do país. A Caixa atende as classes mais pobres e contribui para a redução das desigualdades no Brasil”, disse o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

“A Contraf, a Fenae, o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) e os sindicatos estão na luta em defesa da Caixa 100% pública e contra esse governo que detém menos de 3% de aprovação da sociedade brasileira e pretende entregar o banco para os rentistas. Não vamos deixar os golpistas dilapidarem o patrimônio público e entregá-lo para a iniciativa privada”, argumentou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor da Fenae.

Dionísio Reis lembrou que além do importante papel da Caixa no financiamento habitacional para a classe média e para as pessoas mais pobres, por exemplo, a instituição é a única que gerencia os programas sociais e de renda. “Não podemos deixar que esses menos de 3% que detêm o PIB brasileiro mudem o estatuto da Caixa para tentar abrir o capital da instituição”, acrescentou o coordenador da CEE.

Elias Jordão, representante do Sindicato dos Bancários de Curitiba, reafirmou que o objetivo do movimento, que precisa ser assumido pela sociedade, é fortalecer a defesa do banco 100% público. “Mais do que a defesa da Caixa, a maior defesa é a da classe trabalhadora, é a defesa dos programas sociais e em defesa da regulação do sistema financeiro”, frisou. Para Jordão, todos devem se unir para que instituições públicas como a Caixa continuem promovendo o desenvolvimento social e econômico do país.

Também falaram no ato em defesa da Caixa, os seguintes representantes: Vilmar José Smidarle (Apcef/PR), Marcelo Carrión (Apcef/RS), Raquel de Araújo Weber (diretora de Juventude da Fenae), Carlos Lima (diretor de Esporte da Fenae), Rita Lima (diretora de Relações de Trabalho da Fenae), Antonio Firmino (Fetec-PR), Júnior César Dias (Fetec-PR), De Assis (Apcef/PI), Marcos Saraiva (diretor de Comunicação da Fenae).

 

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram